Narcolepsia

A Narcolepsia é uma doença rara, acometendo uma a cada 2.000 pessoas. O sintoma mais marcante á a sonolência diurna excessiva, que pode ocorrer na forma de ataques irresistíveis de sono. Durante os cochilos, os pacientes sonham com facilidade. Além da sonolência, outros sintomas são característicos, como a fraqueza muscular acentuada causada por estímulos emocionais (cataplexia). 

A narcolepsia é causada por redução de neurônios situados em uma região do cérebro chamada de hipotálamo, responsáveis pela produção da hipocretina. A hipocretina é uma substância (neurotransmissor) que atua como estimulante em diversas áreas do cérebro, e na sua ausência, ocorre um estado de sonolência excessiva. Os pacientes com narcolepsia apresentam muita dificuldade em se engajar em atividades profissionais e sociais, pela sonolência incapacitante, levando a um comprometimento da qualidade de vida. 

O diagnóstico é confirmado através da Polissonografia, a monitorização do sono, e da realização do teste das latências múltiplas do sono. O teste das latências múltiplas mede o tempo em que o paciente leva para adormecer na vigência de condições apropriadas e a facilidade para atingir uma das etapas de sono conhecida como sono REM. O teste é sugestivo de narcolepsia quando o paciente demora em média menos do que 8 minutos para adormecer e atinge o sono REM pelo menos em dois dos cinco testes. Entretanto, estes resultados devem ser sempre interpretados à luz do quadro clínico. 

Não existe um tratamento curativo para a narcolepsia, mas os sintomas usualmente respondem ao tratamento adequado. Dentre as possibilidades de tratamento, destacam-se as medicações estimulantes como a modafinila e o metilfenidato. O uso de tais medicações deve ser criterioso, optando-se sempre pela menor dose capaz de controlar o sintoma mais incapacitante: a sonolência excessiva.